Satélite espião

Míssil dos EUA destrói satélite espião

Os Estados Unidos da América (EUA) abateram, quarta-feira (20/02/2008) à noite, um satélite espião que se encontrava à deriva e que ficou reduzido "ao tamanho de uma bola de futebol", garantiu ontem o Pentágono. A operação teve contornos inéditos, uma vez que foi realizada através de um disparo de um míssil a partir de um navio de guerra norte-americano.

"Cerca das 22.26 horas, o USS Lake Erie disparou um míssil SM-3 tático que atingiu o satélite, a aproximadamente 247 quilômetros acima do Oceano Pacífico, quando se encontrava no espaço a mais de 11.265 km/h", anunciou o Departamento de Defesa dos EUA, em comunicado.

O Pentágono acrescentou que o satélite ficou reduzido a "um pedaço do tamanho de uma bola de futebol", acrescentando necessitar de "24 a 48 horas" para confirmar a destruição a 100% do reservatório de combustível do aparelho que estava cheio de uma substância altamente tóxica, a hidrazina.

A presença desta substância foi, aliás, o motivo que desencadeou a decisão dos EUA de destruir o satélite, tomada na semana passada.

Caso a substância fosse libertada na atmosfera, poderia tornar-se num perigo potencial para as populações civis, justificou Washington.

"Há um elevado grau de certeza que destruímos o reservatório, mas ainda não podemos afirmar com total certeza", admitiu o chefe adjunto do Estado-Maior norte-americano, general James Cartwright, numa conferência de imprensa realizada ontem.

A operação já foi criticada por russos e chineses, com Moscovo a dizer mesmo que os EUA tiveram como objetivo fazer um teste encapotado de uma nova arma espacial. Do lado chinês, os críticos acusam Washington de hipocrisia ao falar nas ambições espaciais de outros países, reclamando mais informações sobre a operação que receiam possa vir a ter implicações na segurança espacial.

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