Estudo afirma que interrupções no sono causam alterações na memória

Quando há muitos intervalos, tempo de sono não faz diferença.
Pesquisa da Universidade de Stanford foi publicada pela PNAS.



Até pouco tempo, os cientistas não conseguiam apontar no cérebro os efeitos que partes diferentes, porém interligadas, produziam durante o sono. Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira usou uma técnica recém-desenvolvida, que usa a luz para monitorar as células do cérebro – chamada optogenética –, e mostrou que o sono fragmentado debilita a memória dos camundongos.

Segundo o estudo, “o mínimo de sono interrompido é crucial para a consolidação da memória, independentemente da quantidade total de sono”.

A descoberta confirma uma desconfiança antiga dos cientistas, mas a área é muito difícil de pesquisar e nunca antes a hipótese pôde ser confirmada.
O grande desafio que os cientistas da Universidade Stanford, nos EUA, encontraram foi como eles fragmentariam o sono dos camundongos em períodos curtos sem afetar a duração nem provocar estresse.

Roedores são animais muito sensíveis, como explica Luis de Lecea, um dos autores do estudo, e qualquer um dos dois aspectos alteraria o resultado.
Segundo Lecea, a descoberta só foi disponível por causa da optogenética, definida em suas palavras como “uma forma muito, muito sutil de fragmentação de sono”.

A longa desconfiança dos cientistas, entre eles os especialistas de Stanford, se dá pelo fato de que os problemas de memória são comuns entre pacientes com alcoolismo e apneia do sono, que raramente conseguem uma noite de sono contínuo.

Os resultados da pesquisa foram publicados pela revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)".

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