A alma sobrevive nas boas lembranças
Hoje escrevo sobre alguém que não conheci, mas, imagino a dor que a família pode estar a sentir. Falo do defensor público que morreu de um infarte em Dili a exatos 7 dias.
Hoje, as 17h30 haverá uma missa de sétimo dia pelo falecimento do defensor público Paulo Alfredo Unes Pereira, na igreja de Motael, o convite partiu da Embaixada do Brasil e todos os brasileiros presentes em Timor-Leste. Missa em homenagem a um homem que veio para esta terra ajudar e nela ficou por 40 dias antes de partir para a eternidade.
A morte um dia chegará para todos nós, entretanto morrer longe de casa pode representar mais dor aqueles a quem amamos e que nos amam. Nunca estammos preparados para esse dia.
Para alguns morrer significa dormir e acordar entre amigos em um belo lugar. Para outros é um processo lento, doloroso, triste e que pode levar décadas para se concretizar.
A morte é um processo que só ocorre para o corpo orgânico. Este corpo formado de matéria, átomos, moléculas, células é parte física do planeta Terra e ao planeta retornará se transformando em material fértil para o solo.
O espírito, a lembrança, ficará para sempre nos corações das pessoas. Não tive o prazer de conhecer o defensor, apesar de termos amigos em comum, a vida não nos permitiu esse momento.
A dor dos companheiros de trabalho em Timor-Leste foi grande, afinal, nessa terra as relações são mais intensas, as pessoas se aproximam mais umas das outras.
Meus sentimentos a toda família Unes Pereira e aos meus amigos da coperação brasileira em justiça.
Deus proverá!