Projeto de Escola



ESCOLA ESTADUAL DE SÃO PAULO
PROJETO – CIÊNCIAS NO HOPI-HARI
Professor Erivelto Rodrigues Teixeira[1]

INTRODUÇÃO
Ao buscar metodologias diferenciadas para o processo ensino e aprendizagem, o professor deve ter a possibilidade de testar novos modelos de ensino, entre esses métodos, as atividades que se realizam fora do ambiente escolar, em um parque de diversões, por exemplo. Bonfim (2010) nos diz que a percepção geral das sociedades atuais é a de que a educação oferecida na maioria das instituições educacionais está em defasagem com as necessidades e os desafios da pós-modernidade, uma vez que os princípios e métodos sobre os quais está fundada, não estão condizentes com a consciência que se faz necessária no mundo contemporâneo.
Corroborando com essa afirmação, Demo (1999) refere-se à necessidade de mudanças pedagógicas no processo de ensino, destacando que, de um modo geral, pouco se aprende atualmente nas escolas, devido à inexistência de relação dos conteúdos apresentados com os desafios futuros.
O desafio do momento é trabalhar a questão da água em São Paulo, uma vez que a cidade está na eminência de um desabastecimento maciço nos próximos meses.

JUSTIFICATIVA
A escolha por um parque de diversões se justifica ao buscar associar diversão com aprendizagem. E o parque Hopi-Hari dispõe de um centro de aplicação de pesquisas educacionais denominado LED – Laboratório Educativo, e lá se encontram profissionais prontos e acessíveis para guiar um grupo grande de alunos, devidamente monitorados, e ao mesmo tempo em que levam diversão aos alunos, visto que muitos deles são carentes de espaços com esse objetivo em seus bairros. Logo, a ideia de tratar de um assunto tão importante quanto é a temática da água na cidade São Paulo, em um ambiente que leve o aluno a desenvolver hábitos e valores passíveis de serem disseminados entre seus familiares, nos levou a escolher o parque de diversões para essa aula.

OBJETIVOS
Sensibilizar os alunos da Escola Estadual São Paulo sobre a escassez e desperdício de água na cidade de São Paulo.
Desenvolver habilidades e competências relacionadas aos temas transversais sobre o meio ambiente e cidadania.
Reconhecer valores sociais e morais no processo educacional de um cidadão ao ensiná-lo a se portar em diversos tipos de ambientes.
Relacionar teoria e prática de conteúdos de ciências desenvolvidos na Escola Estadual São Paulo.

CONTEÚDOS CURRICULARES
Temas transversais: meio ambiente e cidadania.
5ª série: qualidade de vida, a saúde individual coletiva e ambiental - Água: propriedades e usos.
6ª série: ciência e tecnologia; a tecnologia e os seres vivos - saúde: um direito de cidadania.
7ª série: ser humano e saúde. Vida e ambiente - continuação da vida.
8ª série: vida e ambiente: relações com o ambiente.


METODOLOGIA
A metodologia se divide em antes, durante e depois da visita ao Hopi-Hari, seguindo etapas inspiradas no método científico tradicional:
PARTE I: Aula inicial na EE São Paulo
Orientação ao professor: o objetivo central desta aula é discutir com os alunos o problema da escassez de água no planeta e as diferentes esferas de responsabilidade frente a essa questão ambiental. Para tanto, o professor usará um texto para fomentar o debate. Os questionamentos tratarão desde a interpretação do texto até sua arte da dialética: sobre o que texto fala? Qual a tese do autor? Que argumentos ele utiliza para convencer o leitor? Você já tinha pensado nessa questão? Você teria alguma ressalva? Qual o seu posicionamento em relação ao tema? Os textos serão adequados a cada série.

PARTE II: Experimentação no parque Hopi-Hari no dia da visita
A solicitação do agendamento prévio junto ao parque será feita pela escola, e os alunos serão recebidos pela equipe do LED – Laboratório Educativo do Hopi Hari, e serão conduzidos ao espaço da ETE - Estação de Tratamento do Hopi Hari para poderem conhecer as etapas de funcionamento de uma estação de tratamento. A visita será guiada por um professor assistente da equipe do LED que, ao apresentar cada tanque e descrever sua função, abordará questões relevantes sobre consumo, escassez, desperdício e acesso a esse componente fundamental da vida, sempre relacionando-o com os dados pesquisados (ou medidos) na atividade inicial.

PARTE III: Avaliação na EE São Paulo
Seguindo ideia proposta pelo LED, como forma de avaliação e síntese dos conteúdos aprendidos, o professor pode solicitar aos alunos que, em grupo, elaborem uma campanha de marketing a favor de consumo consciente e contra o desperdício de água. A ideia é que os alunos se organizem nos cargos e funções de uma empresa publicitária. O professor deve conduzir essa organização questionando sempre “quais tarefas devem ser cumpridas para que a campanha seja montada? Quem é o responsável por cada etapa? Quem vai ajudá-lo? Para quem eles devem entregar seus resultados? Quem gerencia o grupo como um todo? Ao final os alunos divulgarão seus resultados em folders que serão levados a seus familiares.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
LED Hopi-Hari. Material desenvolvido por NIPEC – HOPI HARI S/A. São Paulo: Nipec, 2012
BONFIM, Mailane Vinhas de Souza. Por uma pedagogia diferenciada: uma reflexão acerca do turismo pedagógico como prática educativa.  Revista Turismo Visão e Ação – Eletrônica, v. 12, nº 1, p. 114 – 129, jan/abr. 2010
DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação. 8. ed. Petrópolis - RJ: Vozes, 1999.


[1] Professor da rede estadual de ensino de São Paulo, efetivo na Escola Estadual São Paulo.

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