Eram os Melhores e os Piores Dias Daqueles Tempos


Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos, foi a idade da sabedoria, foi a idade da tolice, foi a época de acreditar, foi a época da incredulidade, foi a época da Luz, foi a época da Escuridão, foi a primavera da esperança, foi o inverno do desespero, tínhamos tudo diante de nós, não tínhamos nada diante de nós, estávamos todos indo direto para o Paraíso, estávamos indo direto na direção oposta.

Revisitando o grande escritor Charles Dickens, hoje me sinto como um personagem do conto de duas cidades. É incrível perceber como o ser humano permanece igual, independente da época.

A Tale of Two Cities (Um Conto de Duas Cidades, em português) é um romance histórico de autoria de Charles Dickens lançado em 1859; é também um romance que trata de temas como culpa, vergonha e retribuição. A principal fonte para Dickens escrever o livro com fundo histórico é The French Revolution (A Revolução Francesa), de Thomas Carlyle. A narrativa é extrarodinariamente dependente da correspondência como meio de avançar o fluxo de acontecimentos, e apesar de não ser uma obra epistomológica no sentido definido por Les Liaisons Dangereuses (Ligações Perigosas) de Pierre Choderlos de la Clos, percebe-se rapidamente que a troca de correspondências forma um centro impulsionador para a maior parte do desenvolvimento da narrativa. O livro cobre o período entre 1775 e 1793, da Independência americana até o meio do período da Revolução francesa

Bem, uma bela história -- dirá você --, mas o que tem a ver com Timor-Leste e a meu trabalho aqui? Eu diria que tem tudo a ver. Mas se Sydney Carton morre no final dirá novamente você? Carton deu a própria vida em nome de algo maior, pois acreditava que "as necessidades de muitos se sobrepõem às necessidades de poucos -- ou de um". Sydney Carton achava que sua morte daria sentido para toda a sua vida.

"Esta é, com certeza, a melhor coisa que eu faço, que eu já fiz; este será, com certeza, o melhor descanso que terei e que jamais tive."

Nesses tempos de Timor-Leste, não me refiro a morte física, mas a morte pela exclusão. Seu conhecimento não importa a ninguém, sua competência e sua virtude muito menos. Estamos em um tempo onde os fins justificam os meios, e seus próprios colegas te conduzem a guilhotina. A hipocrisia, a arrogância, a intolerância comandam esses tempos.

Se as necessidades de muitos se sobrepõem às necessidades de poucos: que Deus proteja os biológos das coifas de sinapses humanas...

Espero que amanheça logo o dia e tudo mude de novo...sempre Timor-Leste, entre a escuridão e o amanhecer...

Não há bem que sempre ature, nem mal que não acabe.

Mais forte é Deus do que o homem!

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